Capitalismo contemporâneo e questão ambiental : o desenvolvimento sustentável e a ação do Serviço Social
Registro completo de metadados
Campo DC | Valor | Idioma |
---|---|---|
dc.contributor.advisor | Fernandes, Ana Elizabete Fiuza Simões da Mota | - |
dc.contributor.author | Silva, Maria das Graças e | - |
dc.date.accessioned | 2024-02-04T22:59:43Z | - |
dc.date.available | 2024-02-04T22:59:43Z | - |
dc.date.issued | 2008 | - |
dc.identifier.citation | SILVA, Maria das Graças e . Capitalismo contemporâneo e questão ambiental : o desenvolvimento sustentável e a ação do Serviço Social. 2008. Tese (Doutorado em Serviço Social) - Programa de Pós-Graduação em Serviço Social, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2008. | pt_BR |
dc.identifier.uri | https://bdlis.ibict.br/handle/lis/126 | - |
dc.description.abstract | Este trabalho tem como foco a discussão sobre o Desenvolvimento Sustentável como expressão da tentativa de estabelecer mecanismos de controle da relação sociometabólica do capital, oferecendo uma análise de sua apreensão pelas agências internacionais, bem como dos instrumentos programáticos e das resoluções adotadas em eventos nacionais e internacionais, orientados pela pauta da sustentabilidade. O Desenvolvimento Sustentável configura um ícone das ações socioambientais levadas a efeito pelas classes sociais e segmentos diversos em resposta à exacerbação da questão ambiental , sendo esta entendida como o conjunto das manifestações da destrutividade da natureza - cujas raízes encontram-se no desenvolvimento das relações burguesas de propriedade e seus desdobramentos sócio-políticos, para os quais a ação dos movimentos ambientalistas teve importância fulcral. Assim, o objetivo central deste trabalho foi analisar a concepção de Desenvolvimento Sustentável como mecanismo de enfrentamento da questão ambiental , realizando um exame crítico desde a sua colocação pelas agências internacionais, a sua conversão em programa de ação, bem como a sua instituição como prática de classe. Para tanto, tratamos de problematizar a relação entre sustentabilidade econômica, social e ambiental em sua contextualização histórica - além de identificar as estratégias de implementação do Desenvolvimento Sustentável, presentes nos documentos estudados. A nossa hipótese de trabalho pode ser assim sintetizada: a despeito das crescentes iniciativas no campo da sustentabilidade ambiental esta não tem se traduzido (ou se faz à custa) de uma crescente insustentabilidade social, em razão de sua subordinação à lógica da acumulação capitalista. Por se tratar de uma pesquisa documental optamos pelo método de análise de conteúdo, no qual a informação surge da apreciação objetiva da mensagem. Parte-se do conteúdo manifesto dos documentos, a fim de desvelar o seu conteúdo latente (Trivinos, 1987). Este movimento caracterizou-se pela leitura e análise dos textos, a partir da utilização das categorias analíticas, o que viabilizou identificar as articulações entre os conteúdos expressos e o seu significado histórico-ontológico. As categorias Modo de Produção, Forças Produtivas e Relações Sociais de Produção, Acumulação primitiva e Trabalho foram decisivas para o entendimento do objeto de estudo. O estudo revela que a despeito dos esforços empreendidos em nome do Desenvolvimento Sustentável segue a dilapidação das condições de vida da maioria da população do planeta. As tentativas de compatibilizar as necessidades crescentes de expansão da produção - ainda que balizadas no uso de tecnologias limpas e com menores níveis de desperdício com a preservação da natureza têm-se demonstrado impotentes, face à condição anárquica e perdulária da produção capitalista, cuja expressão mais emblemática é a obsolescência programada de mercadorias. Resta-nos, por fim ressaltar a distinção entre Desenvolvimento Sustentável e a sustentabilidade ambiental e social como imperativo ético. Esta se faz cada vez mais premente, a fim de assegurar as condições de reprodução da vida planetária, o que supõe o estabelecimento de um sistema de necessidades amplamente ancorado no reconhecimento da condição universal da reprodução do gênero humano. | pt_BR |
dc.language.iso | Idioma::Português:portuguese:pt-br | pt_BR |
dc.publisher | Universidade Federal de Pernambuco | pt_BR |
dc.source | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9370 | pt_BR |
dc.subject | Serviço social | pt_BR |
dc.subject | Meio ambiente | pt_BR |
dc.subject | Proteção ambiental | pt_BR |
dc.subject | Desenvolvimento sustentável | pt_BR |
dc.subject | Capitalismo | pt_BR |
dc.title | Capitalismo contemporâneo e questão ambiental : o desenvolvimento sustentável e a ação do Serviço Social | pt_BR |
dc.type | Teses | pt_BR |
dc.rights.holder | Maria das Graças e Silva | pt_BR |
dc.rights.access | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.publisher.program | Programa de Pós-Graduação em Serviço Social | pt_BR |
dc.publisher.initials | UFPE | pt_BR |
dc.location | Recife, Pernambuco | pt_BR |
dc.description.physical | 213 p. | pt_BR |
dc.description.abstracten | Este trabalho tem como foco a discussão sobre o Desenvolvimento Sustentável como expressão da tentativa de estabelecer mecanismos de controle da relação sociometabólica do capital, oferecendo uma análise de sua apreensão pelas agências internacionais, bem como dos instrumentos programáticos e das resoluções adotadas em eventos nacionais e internacionais, orientados pela pauta da sustentabilidade. O Desenvolvimento Sustentável configura um ícone das ações socioambientais levadas a efeito pelas classes sociais e segmentos diversos em resposta à exacerbação da questão ambiental , sendo esta entendida como o conjunto das manifestações da destrutividade da natureza - cujas raízes encontram-se no desenvolvimento das relações burguesas de propriedade e seus desdobramentos sócio-políticos, para os quais a ação dos movimentos ambientalistas teve importância fulcral. Assim, o objetivo central deste trabalho foi analisar a concepção de Desenvolvimento Sustentável como mecanismo de enfrentamento da questão ambiental , realizando um exame crítico desde a sua colocação pelas agências internacionais, a sua conversão em programa de ação, bem como a sua instituição como prática de classe. Para tanto, tratamos de problematizar a relação entre sustentabilidade econômica, social e ambiental em sua contextualização histórica - além de identificar as estratégias de implementação do Desenvolvimento Sustentável, presentes nos documentos estudados. A nossa hipótese de trabalho pode ser assim sintetizada: a despeito das crescentes iniciativas no campo da sustentabilidade ambiental esta não tem se traduzido (ou se faz à custa) de uma crescente insustentabilidade social, em razão de sua subordinação à lógica da acumulação capitalista. Por se tratar de uma pesquisa documental optamos pelo método de análise de conteúdo, no qual a informação surge da apreciação objetiva da mensagem. Parte-se do conteúdo manifesto dos documentos, a fim de desvelar o seu conteúdo latente (Trivinos, 1987). Este movimento caracterizou-se pela leitura e análise dos textos, a partir da utilização das categorias analíticas, o que viabilizou identificar as articulações entre os conteúdos expressos e o seu significado histórico-ontológico. As categorias Modo de Produção, Forças Produtivas e Relações Sociais de Produção, Acumulação primitiva e Trabalho foram decisivas para o entendimento do objeto de estudo. O estudo revela que a despeito dos esforços empreendidos em nome do Desenvolvimento Sustentável segue a dilapidação das condições de vida da maioria da população do planeta. As tentativas de compatibilizar as necessidades crescentes de expansão da produção - ainda que balizadas no uso de tecnologias limpas e com menores níveis de desperdício com a preservação da natureza têm-se demonstrado impotentes, face à condição anárquica e perdulária da produção capitalista, cuja expressão mais emblemática é a obsolescência programada de mercadorias. Resta-nos, por fim ressaltar a distinção entre Desenvolvimento Sustentável e a sustentabilidade ambiental e social como imperativo ético. Esta se faz cada vez mais premente, a fim de assegurar as condições de reprodução da vida planetária, o que supõe o estabelecimento de um sistema de necessidades amplamente ancorado no reconhecimento da condição universal da reprodução do gênero humano. | pt_BR |
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